Entre os muitos segmentos que tiveram as suas rotinas afetadas pela pandemia de coronavírus, a educação foi um dos que mais sofreu com a quarentena e as regras de distanciamento social.
Com aulas presenciais suspensas, as instituições de ensino buscaram na modalidade EAD inspiração para ministrar aulas remotas sem comprometer o calendário acadêmico. Entretanto, o que era para ser paliativo já se estende por mais de seis meses, sem previsão de quando as coisas voltarão à normalidade.
Se a modalidade EAD já vinha em alta, esse momento deve acelerá-la ainda mais. O Ministério da Educação (MEC) estima que em 2023 já teremos mais alunos matriculados em cursos de Ensino Superior a distância do que com aulas presenciais. Como será a transformação dos cursos de graduação no pós-pandemia?
Questionando velhos hábitos: o Ensino Superior pós-pandemia
Alunos que não viam com bons olhos as aulas online se viram obrigados a ao menos experimentar a novidade. Professores precisaram rever suas metodologias de ensino e adaptá-las para um contexto no qual as conversas ocorrem apenas via câmeras. Em outras palavras, todos se viram obrigados a deixar a chamada “zona de conforto” e passaram a questionar a validade de velhos hábitos.
A boa notícia é que há muitas lições positivas que podem ser tiradas desse cenário. A principal delas é a de que a modalidade EAD se consolida no mercado como uma alternativa viável para o Ensino Superior. Suas características fazem com que ela seja mais inclusiva e se torne acessível a um número maior de pessoas.
Depois de muitos anos de evolução, algumas metodologias do ensino a distância estão consolidadas e podem muito bem fazer a diferença em termos educacionais. Mais do que um simples ensino remoto, há diversas vantagens que o EAD agrega no processo educacional, especialmente nos cursos de graduação. Trata-se de uma forma de ensino mais adequada para o futuro.
O novo normal: o Ensino Superior se adapta ao aluno
Muitas pessoas que não tiveram oportunidade de fazer um curso de graduação deixaram de lado os estudos por incapacidade de conciliá-los com o trabalho. De fato, com uma jornada diária de 8 horas e os cuidados com a família, passar 4 horas todas as noites em uma sala de aula é algo que não cabe na rotina de muitos.
A pandemia deve acelerar um movimento que já estava em curso: o Ensino Superior precisa se adaptar à realidade do seu público. Nesse sentido, o EAD oferece uma grande vantagem que é a flexibilidade. As aulas são desenvolvidas de forma que o estudante possa assisti-las no horário que quiser, sem que isso represente “falta” em um dia de semana.
Os conteúdos são elaborados de maneira que o estudante tenha todos os subsídios para o aprendizado em casa, podendo tirar dúvidas com tutores e professores. A aplicação do conhecimento também se dá de forma diferenciada: exercícios práticos e estudos de caso fazem com que o aluno se coloque na posição de quem já está no mercado, tomando decisões de impacto imediato.
EAD: evolução contínua
Todos os dias a nossa vida é impactada pela evolução da tecnologia. O ensino a distância oferece mais oportunidades de experimentação e se adapta mais rapidamente às mudanças do mercado e às expectativas dos alunos. Por isso, a evolução é contínua: a metodologia que funciona melhor hoje poderá ser revista para se tornar ainda mais eficiente amanhã.
Esse talvez seja um dos principais legados que o EAD traz para o futuro do Ensino Superior. A possibilidade de mudar e evoluir em uma velocidade muito maior coloca o currículo dos cursos de graduação e maior sintonia com as necessidades das empresas. Melhor para os alunos, que chegam ao mercado mais bem preparados, e melhor para as instituições, que passam a contar com profissionais mais versáteis nas mais diversas funções.
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