Graduação completa, pós-graduação em andamento e fluência em dois idiomas. Certamente você concorda que um currículo como esse está pronto para o mercado de trabalho. Entretanto, na prática, é possível que uma vaga em aberto vá parar nas mãos de um profissional com menos qualificação. Por qual motivo isso acontece?

Entender os conceitos de hard skills e soft skills é fundamental para compreender esse fenômeno. A qualificação, é claro, continua sendo importante, mas ela não é o único fator observado pelos empregadores antes da contratação. Será que você não está perdendo oportunidades por não ter desenvolvido certos tipos de habilidades?

Hard skills e soft skills: o que são elas?

A expressão hard skills, ou habilidades técnicas, é mais fácil de ser compreendida. Esse conceito diz respeito a todas as nossas conquistas tangíveis que nos qualificam para o mercado de trabalho. Um curso de graduação ou de pós-graduação, domínio de uma língua estrangeira, certificação para lidar com um determinado software, tudo isso são fatos comprováveis e mensuráveis, que podem servir como pré-requisitos na hora da contratação.

A situação muda de figura quando falamos das soft skills. Esse grupo é composto por características que nem sempre são mensuráveis ou tangíveis e, por essa razão, são mais difíceis de serem desenvolvidas. Isso inclui fatores como inteligência emocional, espírito colaborativo, flexibilidade, comunicação e liderança, entre outros. São características para as quais não há “diplomas” ou “manuais de instrução”.

Como desenvolver suas soft skills?

Se compreender o que são soft skills é simples, o mesmo não pode ser dito do desenvolvimento dessas habilidades. Naturalmente temos mais facilidade com algumas ações do que com outras e é praticamente impossível se desenvolver de forma plena em todas as áreas. Contudo, algumas técnicas conhecidas, indicadas por especialistas como o escritor Daniel Goleman, podem ajudá-lo a ter mais sucesso nesse caminho. 

Aprenda a administrar a si mesmo

Compreender como as suas emoções afloram e aprender a se autorregular é uma forma de viver sob menos estresse. A ideia aqui é deixar que a razão se sobreponha à emoção, fazendo com que suas reações se tornem conscientes. Em outras palavras: pense antes de agir. Decisões importantes tomadas por impulso podem não ser as melhores, e isso se reflete na qualidade do seu trabalho.

Saiba dizer “não”

A falta de um gerenciamento de tempo de qualidade é uma das razões pelas quais muitas pessoas vivem estressadas e “perdidas” em meio ao trabalho. Você precisa aprender a definir prioridades. o que é urgente deve ser feito imediatamente, mas acredite: a maioria das tarefas pode esperar um pouco mais para ser realizada. Valorize seu tempo e o dos demais colegas puxando para si apenas as tarefas que podem ser feitas por você.

Atenção à comunicação

Sempre que escrever uma mensagem ou falar algo, certifique-se de que o destinatário compreendeu a informação como você gostaria. Grande parte dos problemas de comunicação se devem a mal-entendidos, quando julgamos que a outra pessoa entendeu o que falamos, mas nem sempre isso ocorre, seja por termos nos expressado mal ou mesmo por falta de entendimento.

Adote uma cultura de feedback

Como você sabe que evoluiu em uma determinada área em que mensurar por números não é uma opção? Perguntando. Peça feedbacks dos seus superiores e das pessoas de sua confiança. Dê preferência a aquelas que tenham mais senso crítico e experiência. Receber elogios sempre é bom, mas eles nos ajudam pouco quando de fato não os merecemos. Encare cada crítica como uma oportunidade de crescimento e melhoria.

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Ao longo do mês de novembro, a Unipar promoveu uma série de palestras online, o EAD Connect. Professores e especialistas de diversas áreas debatem sobre diversos temas úteis para você refletir sobre o futuro da sua carreira e como planejar seu crescimento profissional para enfrentar o mundo pós-pandemia.