Muitas pessoas pensam em uma profissão vendo apenas o retorno financeiro e as oportunidades de trabalho. Claro que isso deve ser levado em conta, mas não é tudo. Nem sempre uma profissão que está em alta hoje permanecerá daqui a 10 anos. Além disso, não é garantido que uma carreira de prestígio trará o dinheiro esperado. Entretanto, com base no mercado e suas necessidades é possível prever quais serão as profissões em alta para o ano de 2016.
É importante lembrar que, um ano depois de escândalos envolvendo grandes empresas e políticos dominarem as manchetes, cargos ligados a controle de processos financeiros e tributários serão prioritários na medida em que a boa governança corporativa e transparência ganham mais destaque.
Por isso, muitas funções ligadas a tributos e planejamento financeiro aparecem na lista, elaborada com base nas apostas das 20 principais consultorias de recrutamento no Brasil. Áreas ligadas a tecnologia, marketing digital, direito empresarial também reúnem as melhores oportunidades no mundo corporativo para o próximo ano.
Confira a seguir algumas profissões e carreiras promissoras para 2016:
Analistas/Gerentes de crédito e risco
O que faz: Analisa a saúde financeira de uma empresa para tomar a decisão de conceder ou não crédito direto para financiamento de investimento (no caso de profissionais de bancos) ou para entender se a empresa é boa pagadora (no caso de fornecedores de produtos em mercado B2B).
Perfil: graduação em administração, economia, contabilidade ou até direito. Também está na mira quem tem facilidade para lidar com números e conhecimento da área de contratos.
Por que está em alta: para sair de uma situação desfavorável, empresas necessitam de crédito, mas ninguém quer assumir riscos desnecessários. Daí a necessidade de pessoas especializadas neste tipo de análise.
Gerente tributário
O que faz: gerencia declarações a serem realizadas, além de otimizar o pagamento de impostos. Também negocia com órgãos governamentais e orienta outras áreas da empresa sobre assuntos fiscais.
Perfil: formação em ciências contábeis, administração, economia e direito. Pós-graduação é desejável. Investir em cursos de contabilidade e proficiência em inglês colocam o profissional à frente da maior parte do mercado.
Por que está em alta: Cada vez mais empresas procuram oportunidades para enxugar custos. Diante de um sistema tributário complexo como o brasileiro, este profissional pode ajudar a trazer oportunidades de ganhos e economia.
Gestor administrativo/financeiro
O que faz: lidera de todo o departamento financeiro (tesouraria, controladoria, planejamento financeiro e contabilidade) e administrativo (compras, TI, RH e jurídico) de empresas de pequeno e médio portes, inclusive investidas de fundos de private equity ou venture capital.
Perfil: formação em ciências contábeis, administração, engenharia ou economia, com proficiência em inglês. Segundo Felipe Brunieri, gerente da divisão de finanças e tributário da Talenses, o perfil mais solicitado é generalista, multitarefa e apto à liderança. “Também são valorizados atributos como alta capacidade de gerenciar projetos e processos de (re)estruturação, além de base técnica sólida em controladoria e fluxo de caixa”, diz.
Por que está em alta: “empresas de pequeno e médio portes, investidas ou não de fundos, estão crescendo e precisando profissionalizar sua estrutura, criando processos, políticas e relatórios para tomada de decisão e aumento da eficiência operacional”, diz Brunieri.
Gerente e diretor de desenvolvimento de negócios
O que faz: faz a prospecção de novos negócios, desenha a solução para o cliente e elabora os orçamentos.
Perfil: formação acadêmica em engenharia, administração ou economia.
Por que está em alta: de acordo com Helena Magalhães, sócia da consultoria People Oriented, a crise enfrentada pela Operação Lava Jato e a investigação de cada vez mais empresas em casos de corrupção está mudando a forma de fazer negócios com o setor público. “As empresas estão mais rigorosas e preocupadas em não se envolver em novos escândalos”, diz ela. “Por isso, todas as áreas de desenvolvimento de negócios passarão por reestruturações em 2016, o que atrairá profissionais com conhecimento técnico sólido”.
Profissional de cobrança
O que faz: trabalha na área financeira, assegurando o pagamento das contas a receber.
Perfil: a formação acadêmica importa menos do que o perfil comportamental. “Para conseguir minimizar a inadimplência dos clientes, este profissional precisa ser resiliente, inquisitivo e hábil para se comunicar e negociar”, diz Luis Fernando Martins, diretor da Hays.
Por que estará em alta: É uma função estratégica para a preservação do fluxo de caixa das empresas, já que tem a missão de reduzir a inadimplência dos clientes.
Gerentes de recursos humanos
O que faz: são responsáveis por ações de recrutamento, seleção, treinamento, retenção e inserção de novos funcionários na cultura das empresas.
Perfil: formação acadêmica em psicologia, administração, gestão de recursos humanos, entre outras. Especializações, MBAs, mestrados, além de conhecimento em finanças e comportamento humano, são aspectos fundamentais do perfil descrito por Amanda Calado, head of business da 4hunter Consultoria.
Por que está em alta: “Em anos de crise temos que investir ainda mais no maior bem das empresas, que são as pessoas”, diz Amanda “Por isso, a área de recursos humanos têm que sair de trás da mesa e ajudar na tomada de decisão”. Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, também aposta nesta carreira e cita contratações extras em 2016 por conta das Olimpíadas. “O recrutador terá papel de destaque, assim como os que trabalham com treinamentos, para que os profissionais temporários estejam dentro dos padrões de qualidade das empresas”, diz.
Desenvolvedor de aplicativos para smartphones
O que faz: programa, codifica e testa softwares e aplicativos nas plataformas móveis (Android e/ou iOS). Executa a manutenção dos sistemas, fazendo eventuais correções, visando atender às necessidades dos usuários. Também faz trabalhos de montagem, depuração e testes de programas, executando serviços de manutenção nos programas já desenvolvidos, diz Marília Filippetti, consultora da Kelly Brasil.
Perfil: formação em ciências da computação ou tecnologia da Informação é necessária em grande parte das vezes, mas não é regra. Experiência com programação Java, C, C++, entre outras linguagens, é um requisito frequente. Segundo Renata Wutke, consultora sênior da Talenses, profissionais com raciocínio analítico, desenvolvimento criativo, código diferenciado e paixão por tecnologia mobile são os mais valorizados.
Por que está em alta: “o mercado tem buscado alternativas diante da crise e muitas soluções criativas vêm de startups e aplicativos que visam diminuir custos, encurtar distâncias, compartilhar produtos e conhecimentos”, diz Paulo Dias, diretor de recrutamento da STATO.
Gerente de logística
O que faz: lidera o departamento de logística, gerenciando questões relacionadas a fretes e armazenagens. Também faz estudos de terceirização para perceber onde pode haver diminuição de custos com garantia de qualidade em todas as etapas da cadeia logística.
Perfil: experiência estratégica e tática em logística, além de certificações em melhoria contínua, são itens que se destacam, segundo a consultoria Michael Page.
Por que está em alta: em meio à reestruturação de diversas empresas, a área de logística ganha destaque por implicar grandes custos. Daí a necessidade de profissionais qualificados e experientes na área.
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