Manter o cérebro sempre ativo e aguçado, diferentemente do que muitos imaginam, não é um dom, mas sim um hábito. Assim como vamos à academia para deixar os músculos do corpo torneados, o cérebro também precisa de exercícios para se manter em forma.
São esses estímulos recebidos ao longo do dia que fazem a diferença para nos tornar mais ativos. Quem lê mais livros fica mais atento às leituras mais simples e amplia o vocabulário; quem resolve testes de lógica se sente mais confortável para tomar decisões cotidianas; e quem busca oportunidades diferentes tem mais facilidade para fazer conexões entre temas distintos.
Claro, esse não é um processo que pode ser mensurado com precisão. A forma como nos desenvolvemos é bastante particular, e cada um tem o seu ritmo de evolução. Entretanto, incluir exercícios para o cérebro nos seus hábitos de vida certamente será muito valioso para estimular sua criatividade e deixá-lo mais alerta.
1. O hábito de fazer pequenas mudanças
Todos nós, por mais ativos que sejamos, temos uma rotina definida: na maior parte do tempo, repetimos ações dia após dia – e não há problema algum nisso. Os problemas aparecem quando essa situação perdura por muito tempo: precisamos de novos estímulos para que o cérebro possa fazer novas conexões.
Há muitas maneiras de fazer isso: experimentar um prato diferente, pegar uma rota alternativa para ir de casa para o trabalho, mudar a ordem das tarefas ao longo do dia são pequenas mudanças capazes de gerar grandes impactos. Isso ajudará a estimular áreas do córtex cerebral, tirando você do “piloto automático”.
2. Estimule os sentidos
Você consegue ir do quarto para o banheiro de olhos fechados? Consegue identificar o valor de uma moeda apenas com o toque dos dedos? Essas e outras experiências sensoriais podem ajudá-lo a desenvolver os seus sentidos. Audição, tato, paladar, olfato e visão ficam mais aguçados quando são trabalhados de forma individual.
Experimente essas sensações e veja o quanto elas podem ser benéficas. Feche os olhos na hora do banho e explore as texturas do seu corpo. Prove combinações distintas de temperos. Ouça músicas desconhecidas de olhos fechados enquanto relaxa, prestando atenção ao som de cada instrumento.
3. Experimente “o outro lado da força”
Independentemente de você ser destro ou canhoto, é fato que dia após dia você executa certas ações de rotina com as mesmas mãos: escovar os dentes, utilizar o garfo e a faca ou escrever são ações que têm suas mãos “definidas”. Que tal fazer uma experiência e usar a mão oposta nessas tarefas?
Esse simples gesto também funcionará como um estímulo ao córtex cerebral. Com o passar do tempo, ele precisará se expandir para que o novo hábito seja incorporado. É natural que em um primeiro momento as coisas pareçam praticamente impossível, mas aos poucos você verá que tudo não passa de uma questão de hábito e condicionamento.
4. Desligue-se de tudo ao menos uma vez por semana
Qual foi a última vez que você se desligou completamente de tudo? Tudo bem se você não souber a resposta: a maiorias das pessoas não se lembra. Vivemos em um mundo no qual a hiper conectividade é a regra. Mesmo em repouso, usamos o celular ou assistimos a TV, o que não nos permite “desligar” definitivamente.
Ao se desconectar de tudo estimulamos a nossa rede neural de modo padrão. É ela que nos permite sonhar e consolidar a memória. Em outras palavras, para que essa parte do cérebro seja ativada e faça seu trabalho, é preciso que a outra parte seja desligada. Faça o teste: dê a si mesmo duas horas em um final de semana apenas para contemplar a natureza e sinta a diferença.
5. Desafie a si mesmo
A competitividade é uma característica natural do ser humano, pois buscamos formas de nos destacar perante os demais na sociedade. Porém, estimular os próprios limites pode ser uma maneira de estimular o cérebro a apreender algo novo. Lance um desafio a si mesmo: que tal aprender um novo idioma ou uma habilidade que você ainda não possui?
Você pode fazer aulas de desenho e pintura para aprender a criar quadros que expressem sentimentos; pode jogar uma partida online de um game que estimule o raciocínio lógico; pode também desafiar a si mesmo a conseguir resultados melhores em alguma tarefa, como desenvolvê-la em menos tempo sem erros.
Scamper: a palavra-chave da criatividade
O método Scamper foi desenvolvido pelo especialista educacional Bob Eberle e detalhado no livro Games for Imagination Development, lançado na década de 70. “Scamper” é um acrônimo dos termos “substituir”, “combinar”, “adaptar”, “modificar”, “procurar”, “eliminar” e “arrumar”.
As técnicas foram desenvolvidas para potencializar produtos e serviços nas empresas, mas podem ser usadas também na vida pessoal. Muitos dos exemplos que mencionamos acima nada mais são do que variações desses estímulos. Que tal aplicar esse método no seu dia a dia?
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Estudar online também pode ser uma maneira de estimular a sua criatividade, afinal crescemos tendo apenas o modelo presencial como referência. A Unipar EAD oferece mais de 40 cursos de graduação, nas mais diversas áreas do conhecimento. Conheça nossas opções e comece hoje mesmo sua trajetória de crescimento profissional.