Faculdade, Centro Universitário e Universidade: você sabia que existem diferenças significativas entre cada uma destas Instituições de Ensino Superior – IES? Por mais que todas essas instituições sejam capazes de oferecer cursos de graduação e pós-graduação, elas podem ter diferentes atribuições e nem sempre elas utilizam as mesmas metodologias de ensino.

Na prática, segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996 e o decreto 5.773, de 2006, existem apenas três tipos de instituições de Ensino Superior no Brasil: as Universidades, os Centros Universitários e as Faculdades, e o que as difere é a quantidade de pré-requisitos operacionais e a oferta além do ensino.

Entender o significado de cada uma delas é essencial para que você possa decidir quais cursos são mais adequados para as suas perspectivas de carreira. Por exemplo, se o seu foco está na pesquisa e no desenvolvimento, uma universidade será mais interessante do que uma faculdade. Vamos entender exatamente qual é o significado de cada um desses termos.

O que é uma Faculdade?

As faculdades são a raiz de tudo, pois as universidades e centros universitários nada mais são do que complexos formados por faculdades. Elas atuam, geralmente, em um número mais restrito de áreas – sendo muitas vezes especializadas em um único ramo do conhecimento. Para criar cursos, toda faculdade precisa de autorização expressa do MEC.

O que são Centros Universitários?

Centros universitários podem abranger uma ou mais áreas do saber – geralmente, são maiores do que faculdades e menores que universidades. Eles têm autonomia para criar cursos de graduação e programas de ensino. Porém, o estabelecimento de um centro universitário requer alguns pré-requisitos, tais como:

• ter um terço do corpo docente, no mínimo, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado;
• ter um quinto do corpo docente contratado em regime de tempo integral.

O que são Universidades?

Ligada a atividades de ensino, pesquisa e extensão em diferentes áreas do saber, a universidade é o tipo de instituição de Ensino Superior que mais recebe autonomia do MEC. As federais são criadas somente por lei, com aprovação do Congresso Nacional. Já as universidades particulares podem surgir a partir de outras instituições, como centros universitários e até mesmo faculdades. Para que uma Universidade esteja apta a funcionar, é preciso atender os seguintes requisitos:

• ter um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado;
• ter um quinto do corpo docente contratado em regime de tempo integral;
• desenvolver, pelo menos, quatro programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) com boa qualidade – sendo que dois deles devem ser de doutorado.

Há mais exigências para a criação de universidades

Conforme o decreto 9.235, de 2017, faculdades e centros universitários são entidades com foco na oferta de graduação, sob forte supervisão do Ministério da Educação (MEC). Já as universidades têm mais autonomia e ofertam não apenas graduação, mas também pesquisa e extensão.

Após conhecer as diferenças, a sua decisão de ingressar no Ensino Superior fica muito mais fácil, pois depende unicamente dos seus objetivos e propósitos acadêmicos. Isso não significa, necessariamente, que os cursos de universidades sejam melhores do que os de centros universitários e faculdades.

Entretanto, o indicativo a ser observado é que em geral as universidades têm mais infraestrutura, maior tradição no ensino superior e oferecem mais oportunidades em termos de pesquisa acadêmica, pois esta é uma obrigação legal para elas, enquanto para centros universitários e faculdades não há essa exigência.

Em termos de validade, o diploma tem o mesmo peso, porém quando falamos dos seus objetivos profissionais, a escolha da instituição de ensino com um perfil mais adequado às suas inspirações pode proporcionar mais oportunidades, especialmente para aqueles que desejam seguir a área acadêmica ou se aperfeiçoar em pesquisa.

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