A capacidade de crescer profissionalmente não está relacionada única e exclusivamente com o conhecimento que você adquire em uma determinada área. A maneira como você se relaciona com as pessoas e reage ao mundo à sua volta também é parte essencial dessa equação.
É por essa razão que vemos profissionais com muita bagagem profissional em uma determinada área, mas que não conseguem se desenvolver de maneira compatível à experiência. A deficiência em questão pode estar ligada à chamada inteligência emocional.
Trata-se de um conceito desenvolvido nos anos 60 e que cada vez mais ganha importância no mercado de trabalho. Será que você tem dado a devida atenção a esse aspecto na sua carreira?
O que é inteligência emocional?
Os primeiros estudos que fazem alguma menção à inteligência emocional, ainda que não utilizando esse termo, são creditados ao naturalista britânico Charles Darwin, ainda no século XIX. Porém, foi somente entre os anos 60 e 80 que a expressão “inteligência emocional” passou a ser utilizada em artigos científicos.
A popularização do tema veio em 1995, quando o escritor norte-americano Daniel Goleman lançou um livro best-seller sobre o assunto. Goleman definiu inteligência emocional como “a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.
Assim, para que uma pessoa possa se desenvolver, ela precisa aprender a gerenciar suas habilidades intrapessoais e interpessoais. Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Uma vez que a maioria das situações de trabalho é permeada por relacionamentos entre as pessoas, aquelas com melhores qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza, têm mais chances de obter o sucesso.
Como desenvolver a inteligência emocional?
Em linhas gerais, podemos subdividir a inteligência emocional em cinco habilidades, sendo três delas intrapessoais e duas interpessoais. Alguns autores especificam outras possibilidades além dessas, mas a título de compreensão do tema, ficaremos com os conceitos elaborados por Daniel Goleman na década de 90.
Autoconhecimento emocional
É a capacidade de reconhecer em si mesmo as próprias emoções e sentimentos à medida em que elas ocorrem. Em outras palavras, pessoas que sabem identificar seu estado de espírito, suas motivações, medos e angústias tendem a analisar melhor a situação antes de agir.
Controle emocional
A partir do reconhecimento das emoções vem o controle sobre elas. A capacidade de lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação é uma das características mais importantes da inteligência emocional, e desenvolvê-la é essencial em qualquer campo de atuação.
Automotivação
Reconhecer e controlar as emoções à medida que elas ocorrem já é algo muito positivo. Porém, quando a pessoa consegue canalizar essas emoções e direcioná-las para atingir objetivos ou realizações pessoais, então entra em cena a chamada automotivação.
Reconhecimento de emoções em outras pessoas
Não basta apenas identificar, controlar e direcionar as próprias emoções. Vivemos em sociedade e a maneira como nos relacionamos com outras pessoas influencia nos resultados. Saber reconhecer emoções em outras pessoas denota empatia de sentimentos, uma das habilidades essenciais para líderes e gestores.
Habilidade de relacionamentos interpessoais
Por fim, é preciso compreender que cada ser humano reage de forma diferente a um mesmo estímulo. É considerado “emocionalmente inteligente” e “socialmente competente” aquele que se relaciona bem com um grupo maior e mais distinto de pessoas.
Quais os benefícios da inteligência emocional na carreira?
Para quem está fazendo um curso superior ou já concluiu a graduação, é importante ter em mente que o conhecimento técnico da área de atuação é apenas um dos aspectos que precisa ser trabalhado profissionalmente. Não basta acumular conhecimento e saber como aplicá-lo, é preciso também entender a si mesmo e as pessoas que estão à nossa volta para alcançar resultados mais expressivos.
Investir tempo em leitura, reflexão e em atividades que estimulem a interação social são formas de desenvolver a inteligência emocional. Não há um “manual de instruções” para ser seguido, mas é importante reconhecer esse conjunto de características e buscar meios de desenvolvê-las com o passar dos anos.
Uma inteligência emocional elevada é um complemento importante para qualquer área de graduação e você pode aproveitar o período na universidade para interagir com seus colegas e professores e buscar formas de aperfeiçoar essas características. Que tal encarar a vida de uma forma mais simples e objetiva, lidando melhor com suas frustrações e compreendendo mais aqueles que nos rodeiam?
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