O uso frequente das telas na comunicação entre diversos grupos é resultado da transformação digital. Com a pandemia, essa tendência ganhou ainda mais força por permitir que as pessoas trocassem ideias sem sair de casa. Não é à toa que a apresentação em vídeo vem ganhando destaque.

Ela é empregada em vários espaços e serve para expor ideias em diferentes contextos, desde atividades da faculdade até discussões do trabalho. Dependendo do caso, o estudante ou profissional pode expor o conteúdo ao vivo ou gravá-lo para que seja consultado em um momento posterior.

Seja qual for a sua necessidade, é importante conhecer as técnicas e dicas que facilitam a produção do material. Reunimos algumas delas para ajudar você nessa missão.

1. Tenha domínio do assunto

Esse é o primeiro passo para mandar bem na apresentação em vídeo. Pense que ela funciona como qualquer palestra ou diálogo presencial, portanto, precisa estar bem embasada. Em outras palavras, desenvolva argumentos e demonstre domínio do assunto abordado.

Mesmo que já tenha um nível avançado de conhecimento do tema, faça umas leituras adicionais. Isso vai trazer novas percepções e favorecer a produção do roteiro. É interessante que você estude e anote as principais ideias, conceitos e demais itens relevantes antes de ligar a câmera.

Produza uma espécie de lista, seguindo uma ordem lógica e priorizando os pontos essenciais. Depois, você poderá usar esse documento como guia na hora de falar ou expor frases.

2. Conheça a sua audiência

Pensar no público que vai ouvir ou ler sua apresentação é fundamental para adequar o conteúdo ao perfil dessas pessoas. Esse exercício é ainda mais necessário no planejamento de atividades a distância, já que nem sempre você terá como visualizar os integrantes da audiência.

Algumas perguntas podem ajudar: para quem vou falar? Qual é a faixa etária predominante? Tem mais homens ou mulheres? São todos da mesma área? Qual é o grau de escolaridade médio do grupo? Quais discussões podem atrair a atenção da maioria?

Conhecer a plateia permite que você personalize o áudio ou os textos que exploram o tema central. Assim, consegue levantar reflexões que sejam do interesse do público.

3. Evite o excesso de recursos visuais

A apresentação em vídeo tem a vantagem de ser muito mais rica e dinâmica. Afinal, possibilita a inserção de animações e outros elementos que deixem o conteúdo interativo. O problema é que, quando usados em excesso, esses recursos visuais podem tornar o material cansativo.

Evite a poluição visual com mistura exagerada de efeitos e transições. Também procure equilibrar cores, símbolos, trechos com textos e filmagens, para não confundir a audiência. Se coloque no lugar dos ouvintes e faça uma análise crítica, tentando imaginar como será a reação deles.

Conforme a proposta, você pode aparecer no campo de gravação ou apenas trabalhar com vozes e imagens. Se ficar visível no enquadramento da câmera, deve posicionar o corpo ou a face com cuidado para não cobrir o conteúdo.

4. Treine para otimizar o tempo

Assim como o excesso de recursos, os longos períodos de apresentação podem ficar maçantes e fazer com que as pessoas se distraiam. Você não quer que isso aconteça, certo? A dica, portanto, é sempre definir um tempo limite para ter como base na gravação.

Se receber uma recomendação do professor ou de um superior da empresa, é importante que respeite a duração indicada por eles. E para garantir que você não vai economizar muito ou ultrapassar os minutos finais, nada melhor que treinar algumas vezes.

Pegue o roteiro e um cronômetro para controlar o tempo e comece a gravar. Depois, avalie o material e vá fazendo os ajustes necessários. Se ficou muito longo, verifique as frases ou efeitos que podem ser cortados. Se ficou curto, insira outros apontamentos que enriqueçam o conteúdo.

5. Verifique o ambiente

Essa dica é valiosa par quem pretende fazer apresentação em vídeo ao vivo. Isso porque, dependendo da data do evento, as condições de luz e o cenário podem não estar adequados. O responsável pela exposição deve chegar ao local um pouco antes e verificar o que aparece no enquadramento da câmera.

Vale a pena escolher um lugar tranquilo e silencioso. Se você tem um ambiente de estudo em casa, reserve o horário para usá-lo e informe as pessoas com as quais divide moradia. Isso vai ajudar a evitar sons indesejados e até interrupções durante a videoconferência.

6. Teste os equipamentos

Complementando a recomendação anterior, você precisa se certificar de que os sistemas e acessórios usados no momento da gravação estão funcionando. Isso inclui o microfone, a câmera e até a plataforma de teleconferência escolhida.

Também é crucial, no caso de transmissões ao vivo, testar a conexão com a internet. Você pode verificar a velocidade da rede por meio de ferramentas específicas. Se tiver tempo, inicie uma chamada com algum colega para descobrir se ainda necessita de ajustes relacionados a softwares e dispositivos.

No caso de materiais gravados para consulta posterior, o ideal é salvar em diferentes formatos, de modo que as pessoas não tenham dificuldade em acessar. Antes de publicar sua apresentação em vídeo, reproduza algumas vezes e revise com cuidado, observando as transições, a qualidade de áudio e outros detalhes da edição.

7. Use o storytelling

Essa é uma ótima técnica para se conectar com o público que você deseja atingir. Trata-se de um método usado em várias áreas, como marketing e publicidade. Ele consiste em contar histórias com o apoio de palavras e elementos audiovisuais.

A capacidade de se comunicar de diversas formas está entre as qualidades profissionais mais valorizadas. Então, por que não aproveitar a chance e treinar suas habilidades com o storytelling? Há várias formas de desenvolver um diálogo nesse formato, mas o maior segredo é adaptar a versão ao perfil do ouvinte.

Pode ter certeza de que essas dicas vão deixar a sua apresentação em vídeo impecável. Lembre-se de sempre cuidar da própria imagem nas interações que envolvem trocas com a audiência. O ideal se arrumar do modo que faria em um encontro presencial com as pessoas.

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